quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ocre Outono

ocre de Outono
até na grade de ferro
da casa vazia.

5 comentários:

Anónimo disse...

O Outono deixa as suas marcas, até no que vive.

Liliana Gonçalves disse...

O outono é uma estação que deleita, pelas cores, pelas folhas que zonzeiam caindo, escorregando das árvores...caindo no encontro com o chão.

Dando as mãos ao inverno, aqui fica uma partilha

a luz invernal
na copa das árvores
suspira tristeza.

(e claro, boa sorte na apresentação do livro, e Yvette centeno fez-lhe uma crítica que vale a pena ler e apreender)

um abraço,

Liliana

Anónimo disse...

se é perfeito, como comentar um haiku?.

Liliana Gonçalves disse...

"a luz invernal
na copa das árvores
suspira tristeza."

é um haiku seu, e só agora dei pela troca. Peço-lhe desculpa, uma vez que durante o copy do documento, houve um engano.

o que era para a partilha era este

A chuva treme,
cai em golpes de navalha
nos ombros nus.

peço-lhe desculpa mais uma vez pela troca

Liliana

David Rodrigues disse...

Liliana:

Identifiquei-me com a sensação: o espicaçar de uma navalha no corpo... É um haiku bem invernoso e que ao ao mesmo tempo traduz um grande desamparo: quem de de ombros nús à chuva de Inverno?
Cá fico à espera de mais (ando a propagar a "doença"...)
Um beijinho,

David