terça-feira, 24 de novembro de 2009

Cavalos Lusitanos /Lusitanian horses

Some days ago I visited in Alentejo a farm wher "lusitanian" horses are raised. There they create the more "perfect" horses of this kind. Our visit were done by an expert. Someone asked: "Finnaly, what to do you consider the best horse in the world?» The answer coming from an expert was astonishing: "They are all good. There are not such thing as "bad horses". What we have to do is find its qualities: some are good to run, other to jump, other to pull,...".
(There are not bad horses? Please sent this information to the TV news. We need it desperately)

a horse
looks eternal
when gallops.



Há alguns dias visitei, numa gloriosa tarde de Outono, a Coudelaria de Alter no Alentejo. Lá se criam e apuram os mais perfeitos cavalos a que se decidiu chamar "lusitanos". Tivemos visita guiada e os turistas acidentais podiam ir colocando perguntas. A certa altura alguém perguntou: "Mas afinal qual é o melhor cavalo?". A resposta, vinda de alguém que busca incessantemente a excelência da raça, foi surpreendente: "Bons são todos. Não há cavalos maus. Nós temos é que descobrir em que é que cada cavalo é bom: uns para atrelar, outros para correr, outros para saltar, outros para ensino, outros porque têm um andamento suave,..."
Que excelente notícia: não há cavalos maus! (Dava, por favor, para pôr esta notícia a abrir o telejornal? Aqueles que falam dos ciganos e dos tiros na Cova da Moura?)


um cavalo -
parece eterno
quando galopa.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Reminiscências

Coisas da memória (que os neuropsicólogos dizem ser a coisa mais afectiva que existe...). A minha memória atribui a Jesus a seguinte frase (mais ou menos...): "pensando bem, que poderá acrescentar um centímetro que seja ao seu tamanho?"
Nestes tempos em toda a gente anda em bicos de pés, de tacões, em cima de bancos (de Bancos...), a "fazer peito", a "empinar o nariz", enfim a fazer os impossíveis para parecer maior do que é, lembrei-me desta frase tão sábia e tão misericordiosa para com os garnizés a querer fingir de perús (é tempo de Natal, não esqueçam, senhores perús...)

à lareia
o gato já não lembra
o pêlo molhado.

domingo, 15 de novembro de 2009

Prenda de anos...


(Clique na foto para a tornar maior)

Desculpem se é "too personal" mas este blog também é... Fiz anos há pouco tempo e, há cinco anos atrás, recebi uma prenda inigualável: a minha filha Melissa nasceu no mesmo dia que eu!


E aqui estamos nós neste dia de Novembro, com a gloriosa Pousada da Flor da Rosa atrás das costas, a celebrar gostarmos tanto um do outro...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O tamanho interessa?

Pelo menos os pequenos dizem que sim. Já Boris Vian dizia que "le probléme de la bombe c'est où elle tombe...".
Sobre o tamanho lembrei-me do seguinte:

Quer aumentar o tamanho da sua sala?
Varra-a com uma escova de dentes!

(É tudo relativo, nicht vahr?)

Amen!

sábado, 7 de novembro de 2009

Gaza


It was in one of those long waiting periods in an airport. "It would be nice to publish a booklet with my 21 haiku about Gaza..." Not bad... I took some small sheets of paper from the hotel I slep in the previous night and staredt to dream how the book would be like... the first page... the second page...
When my flight was announced, the book was ready on my head. Then it was necessary to make it real. Luis Rodrigues an outstanding designer and Alan Stolerov a poet which native language is English, gave me a hand.
Yesterday I book came to my hands and I looked it as a father touching the son he imagined.
Of course the book is not for me: it's for you dear friend (mine was ready already in the airport).
Here the cover:
Foi numa daquelas esperas que parecem intermináveis num aeroporto à espera de um vôo de ligação... E se eu publicasse os meus 21 haiku sobre Gaza? Talvez... Peguei em pequenas folhas de papel e sonhei o livro... como seria a primeira página... a segunda...

Quando me chamaram para o avião o livro estava já acabado na minha cabeça. Depois foi a concretização: contei com a ajuda competentíssima do Luis Rodrigues que é um gráfico "de mão cheia" e com o Alan Stolerov que retocou o meu inglês de estrangeiro.

E o livro saiu ontem: lancei-lhe um olhar de um pai que sonhou o filho e que agora, entre o feliz e o felicíssimo, o sente nas mãos.

Claro que o livro não é para mim (o meu já estava feito no aeroporto) este é para ti, leitor.

Aqui fica a capa:



terça-feira, 3 de novembro de 2009

Festival de Druskininkai



Quando o grupo de poetas convidados chegou, vindo de Vilnius, a Druskininkai deparou-se com uma cena insólita e comovente: alguns dos poemas estavam pintados num muro mesmo em frente ao hotel. Este trabalho foi feito por alunos das escolas locais. Confesso que fiquei "entalado" quando vi, tão longe de Portugak um poema meu escrito na parede. Aqui fica o testemunho.

Recordações

Lembro-me de ti
como um cego se lembra
das imagens da infância
em que ainda via.
Não sei
se nestes sonhos és real,
só sei que o que era sentido
deu em emoção.
Não te vejo: sinto que te vejo
como um raio
que quase sempre
queima mais do que ilumina.

domingo, 1 de novembro de 2009

Veneza...

Um video super amador para ver como estava Veneza em Junho lá do alto da torre da Praça de S. Marcos... Vale ou não vale um haiku?



Nobel Saramago

Não sei se foi para arranjar publicidade ao livro "Caim" mas lá que as declarações de Saramago sobre a Bíblia ajudaram as vendas, lá isso ajudaram...
Não vou dizer nada de novo mas... não resisto...
Quando Saramago diz que só se pode ler a Bíblia de modo literal porque a linguagem simbólica é para os teólogos acho que está a cometer um simplismo infantil (não ingénuo). Este simplismo é óbvio: ninguém lê um texto literalmente: todos interpretamos enquanto lemos e essa interpretação pessoal - e portanto única - é na sua essência simbólica e representacional. Dizer que quem não for teólogo só se pode ler a Biblia literalmente é economizar neuróneos (se eu tivesse oitenta e tal anos se calhar também os economizava que eles já não são muitos...)

arrepio
só de falar
do frio do Inverno