sábado, 12 de dezembro de 2009

Portugal, 2009

Ontem, uma colega minha, professora universitária, falava-me do seu neto de 7 anos. Uma criança adorável, criativa, viva e cheia de vida. Mas... negra. Que diferença faz "isto" em Portugal no ano de 2009? Muita, diz ela. O neto sofre na escola: há crianças que o atormentam com insultos, monosprezo, chacota e agressões. Este menino chora quando chega a casa e tem pesadelos pelas noites atormentadas. Pertence a um grupo de música e quando a mãe lhe disse que não podia ir a um ensaio deste grupo ele disse "Não faças isso. Este ensaio faz-me esquecer que sou negro!".
Portugal? 2009? Oh suprema vergonha! Mil vezes maldita a história que alicerça esta prática anti-humana e que faz tantas vítimas: as da segregação como é este menino e as vítimas da estupidez como são os seus agressores. Portugal, 2009. Eu pensei que "isto" já não existia...


tantas flores no campo
nenhuma abana igual
ao sopro do vento.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quanta ignorância a vencer, quando já pensamos em energia limpa, crescimento sustentável, etc.