Sempre gostei de biografias. Conhecer as pessoas por detrás da sua obra, por detrás que aquilo que eles quiseram que ficasse público da sua acção. Na verdade, sempre me apaixonou o dilema "o homem é maior que a obra" ou "a obra é maior que o homem".
Vem isto a propósito da exposição "Memória do Sítio" que está Gulbenkián e que mostra a casa da Avenue Iéna e alguns detalhes da vida do celebrado colecionador. Uma das partes que mais me interessou foi a entrevista em video em que o neto de Gulbenkián falava do quotidiano da casa. Enfim, ouvimos algumas bizarrias sobre a extraordinára meticulosidade do seu avô e ainda medidas estranhas que salvaguardavam a valiosa coleção. Por exemplo: só cinco amigos da filha de Gulbenkián podiam - depois de cuidadosamente examinados - entrar em casa; os outros encontravam-se com a filha nos bancos da rua onde o mordomo lhes ia levar as bebidas...
Quantas perguntas... Mas só uma: que valor para ele tinham as pessoas comparadas com as peças da sua coleção? Será que alguém alguma vez olhou nos olhos do experiente arménio e lhe disse: "Gostava que me tratasse com uma das sua peças mais queridas: mas sou só uma pessoa".
uma flor
um desenho de uma flor:
qual levo?
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
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