sábado, 2 de outubro de 2010

O que é um haiku

Ora aqui está uma pergunta que originou inumeráveis respostas. Por todo o mundo se procura estabelecer, delimitar o que é um haiku. E porquê este frenesim de saber se é ou não é? Eu acho que é para frear os novatos que, logo que escrevem um texto curto em três versos lhe chamam isso. Nós as pessoas que querem (e nem sempre conseguem...) escrever haiku sabemos que um haiku é muito mais do que três versos. Pessoalmente eu acho que também o haiku tradicional só uma das formas que o haiku pode assumir. Temos os exemplos de Kerouac (EUA) e de Leminski (Brasil) para mostrar até onde pode ir o haiku.
Esta discussão sobre as fronteiras do haiku fica para outra vez.
Hoje gostaria muito brevemente de dizer o que eu acho que o haiku deve ter (de certa forma aquilo que eu mais aprecio quando leio um destes poemas). São fundamentalmente 3 aspectos:
1. Antes de mais que evoque algo. Algo de real, concreto, talvez presente.Que se ligue a uma realidade activa no pensamento do poeta.
2. Que seja compacto, isto é, que se sinta que nada a mais está no poema. Um haiku que nada perde se lhe for removida uma palavra, não é um bom haiku.
3. Que seja narrativo. O que eu quero dizer com isto é que um haiku tem de se projectar para além de si. Temos que ver naqueles três versos uma expansão, uma projecção para uma realidade, para um pensamento maior. Há haiku que na sua modéstia contam uma história inteira. É destes que eu mais gosto.

1 comentário:

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

...traigo
sangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazón
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...


desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ


TE SIGO TU BLOG




CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesía...


AFECTUOSAMENTE


ESPERO SEAN DE VUESTRO AGRADO EL POST POETIZADO DE ENEMIGO A LAS PUERTAS, CACHORRO, FANTASMA DE LA OPERA, BLADE RUUNER Y CHOCOLATE.

José
Ramón...