domingo, 28 de fevereiro de 2010

Se não acreditasse, não via.

Ai as provas... nós que andamos atolados em triliões de informações contraditórias sobre se "o Governo quis", "se o primeiro ministro mentiu", etc. etc., somos tentados a fazer um juizo final e definitivo sobre o que realmente se passou... Tentação que só aceitamos se formos ingénuos. E porquê? Porque não se julgam factos; fala-se de emoções, de interesses e de estratégias que não estão claramente postos em cima da mesa.
Esta "comissão de inquérito" vai tentar desfazer o "nó górdio" de provar pelos factos se o governo teve essas intenções: "ver (provar) para acreditar!!!".Mas o assunto não é esse: não é ver para crer.
O que se passa aqui, como em tantos âmbitos da vida pública e privada, é: "Acreditar para ver". Conforme o que acreditamos, vemos "coisas" e que até (ai de nós...) nos parecem óbvias. Quem terá legitimidade para dizer que estamos certos ou errados?
Ah este difícil contrato social...


restos de nespresso
batalhões no chão da sala -
já ouço clarins.

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