segunda-feira, 16 de março de 2009

A avareza dos pobres

Muito se fala (certamente inspirados na parábola que Jesus contou sobre a esmola da viúva) na generosidade dos pobres e na avareza dos ricos. Há milhares de histórias que parecem apontar para um maior desprendimento e disponibilidade de partilhar de quem tem pouco. Aqui os pobres se transcendem, e vemos o quanto o pouco com amor dá em muito.
Mas hoje queria falar da mesquinhez e da avareza dos pobres. Eles não estão eles imunes a este comportamento. E encontramos pessoas tão ciosas do quase nada que têm que este quase nada reduz-se a nada mesmo. Este apego febril ao quase nada que se possui é uma triste parábola sobre a grande solidão e insignificância da vida.

o naco de unto
fechado na salgadeira
cheira a ranço.

3 comentários:

ma grande folle de soeur disse...

MAGNIFICO DE ELOQUENCIA.Obrigada. Abraço

claras manhãs disse...

Eu compreendo a avareza dos que quase nada têm
o que não percebo é a avareza dos que tudo têm

Anónimo disse...

O tudo pode ser nada, e o nada pode ser tudo. Depende de quem o possue.