Que azáfama! Passei cinco dias a comprar coisas. Comprei roupa para a neve; luvas, ceroulas, calças impremeáveis, uma camisola polar, uma malha, um casaco de neve , um gorro. Para a família comprei semelhante: fato de neve, trenós, creme para a pele, etc., etc. depois foram os presentes: nem descrevo tudo o que comprei, quantas vezes percorri com ar perdido as lojas cheias de coisas que não me interessavam... E depois foi a comida: antes de mais o bacalhau das águas frias da Noruega, couves galegas de repolho, pencas, cebolas, batatas, cenouras, ovos. O azeite, oh sim o azeite ! Extra virgem (extra?) como convém e a cheirar ao fruto... E por falar em fruto também os frutos secos: avelãs, nozes, damascos secos, pinhões, figos pingo de mel, figos com nozes dentro, amendoas, peras cristalizadas, ameixas pretas, de Elvas, .... Os doces: o bolo rei: o tradicional (com a dimensão de uma roda de camião) e o especial feito de chila. As rabanadas, a aletria, os bolinhos de bolina e mais isto e aquilo. Às 4 da tarde do dia 24 ainda fui em emergência ao supermercado vizinho comprar umas coisinhas que tinham escapado à memória... Uffff !!! Às 7 e meia preparei-me para cozinhar o bacalhau para a família. A logistica pronta: as panelas enormes alinhadas como numa formatura com a água a ferver e à espera de cumprir a sua fiel missão anual. Estava tudo a postos... tinha valido a pena esta correria de compras de Natal... Estava tudo comprado e previsto! Mas...
"Eh pá! Onde está o sal?" Não há? Ninguém comprou?. Era isso, não havia em casa sal para cozinhar...
E lembrei-me de Jesus (outra vez ele). "Vós sois o sal da Terra. E se o sal não salgar?" (Fica tudo sem sabor?).
Neste Natal havia tudo menos o sal. Por fim, inventamos que o sal de mesa fino substituiria o sal de cozinha grosso.... e funcionou...
Prometo não me esquecer do sal para o ano: mesmo que não tenha tempo para comprar aquelas pantufas (iguais às do Noddy) para a minha mãe (e que ela talvez não vá usar).
Prometo!
na consoada
só faltou o sal -
Natal de agora.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
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