Cada um de nós se lembra do seu melhor professor. Aquele que pelas mais variadas razões nos marcou e todou a nossa forma de sentir e de actuar. Aquele de quem nos lembramos, ainda, das frases, das atitudes e dos ensinamentos.
O meu melhor professor foi o Nélson Mendes. Um homem com uma inteligência fulgurante, com uma persistente actitude de inovação e também com uma postura fraternal. O meu melhor professor faleceu no passado sábado e, eu que contactava com ele menos do que gostaria, fiquei admirado com a falta que ele me vai fazer.
É que cada vez as pessoas criativas são mais raras, cada vez a fraternidade é mais escassa, cada vez o exercício da inteligência é menos frequente.
Das numerosas frases que Nélson Mendes criava cito 3:
"Se houvesse dois narizes iguais, um estaria, de certo, a mais"
"A procura da feliz cidade"
"Se é para-normal de certo que é para mim que sou nornmal..."
Saudades, Nélson!
só o eco
sobra deste trovão -
está lá longe.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Esperança
Na filosofia cristã, pela mão de S. Paulo, a esparança é uma das três virtudes maiores ao lado da Fé e da Caridade (a Charitas que mais adequadamente se traduziria do grego por "amor").
Ter esperança é uma virtude na medida em quesem esparança (sem projecto, sem amanhã, sem expectativa de mudança) a Fé e o Amor ficam mirrados.
Hoje dedico o post à Esperança: que ela, mesmo pequena, nunca nos falte!!!
o cão olha sempre
com a trela na boca
para a porta.
Ter esperança é uma virtude na medida em quesem esparança (sem projecto, sem amanhã, sem expectativa de mudança) a Fé e o Amor ficam mirrados.
Hoje dedico o post à Esperança: que ela, mesmo pequena, nunca nos falte!!!
o cão olha sempre
com a trela na boca
para a porta.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Alzheimer
aos que me obrigam a ir a lugares onde nunca estive,
aos que me trocam as horas de deitar e de comer,
aos que mudam o meu programa à última da hora,
aos que duvidam as ideias que eu tomo por certas,
aos carros que me provam que dois minutos não são decisivos,
aos virus e bactérias que me mudam os planos,
à chuva que vem quando eu esperava sol,
a ti que que me pediste para te contar uma história,
a ti que me mostrate que o amor é lento e paciente...
Obrigado.
verde claro -
o lado jovem da árvore
vê-se com o vento.
ou
cheira a Outono -
nem o vento
faz as árvores jovens.
aos que me trocam as horas de deitar e de comer,
aos que mudam o meu programa à última da hora,
aos que duvidam as ideias que eu tomo por certas,
aos carros que me provam que dois minutos não são decisivos,
aos virus e bactérias que me mudam os planos,
à chuva que vem quando eu esperava sol,
a ti que que me pediste para te contar uma história,
a ti que me mostrate que o amor é lento e paciente...
Obrigado.
verde claro -
o lado jovem da árvore
vê-se com o vento.
ou
cheira a Outono -
nem o vento
faz as árvores jovens.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Galiza
Um mistura de sol, de verde, de românico e de afetos. A Galiza é uma terra que por estar longe, se inventou de encontro É lá que portugueses e espanhóis falam sem tradução, é lá que todos os peregrinos (os de Deus e os da vida) se cruzam. Terra de pontes em que o chão é mais parecido com o da nossa terra.
A vida aqui parece mais simples (eu sei que não é, mas parece).
pôr do sol no mar
o farol com dois mil anos
ainda ansioso...
mar oceano!
só o granito o enfrenta
e enlaçam-se.
A vida aqui parece mais simples (eu sei que não é, mas parece).
pôr do sol no mar
o farol com dois mil anos
ainda ansioso...
mar oceano!
só o granito o enfrenta
e enlaçam-se.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Meia hora
cinco anos
cinco anos
de sorte e coragem
ajudaram o peixe
a chegar a adulto.
Depois foi pescado.
A seguir cozinhado.
Durante meia hora
foi comido
entre conversas mundanas.
Depois o que sobrou
foi para o lixo
e, peles e espinhas,
durarão uns bons 25 anos
até que se decomponham.
Vamos a contas:
30 anos / meia-hora...
dá 525.600 para 1
Ah... O mundo gira
à volta do umbigo humano.
cinco anos
de sorte e coragem
ajudaram o peixe
a chegar a adulto.
Depois foi pescado.
A seguir cozinhado.
Durante meia hora
foi comido
entre conversas mundanas.
Depois o que sobrou
foi para o lixo
e, peles e espinhas,
durarão uns bons 25 anos
até que se decomponham.
Vamos a contas:
30 anos / meia-hora...
dá 525.600 para 1
Ah... O mundo gira
à volta do umbigo humano.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Outono
Um haiku inspirado num terceto enviado pelo poeta José Guardado Moreira:
na palma da mão
a chuva abre o ouriço -
chega o outono.
(repararam no "outono" com letra pequena? O acordo ortográfico vai chegando...)
na palma da mão
a chuva abre o ouriço -
chega o outono.
(repararam no "outono" com letra pequena? O acordo ortográfico vai chegando...)
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