Tamanho tem a ver com poder, tem a ver com influência. Normalmente o maior tem mais poder e mais influência. Nem Fernando Pessoa /Caeiro escapou a um "mode d'emploi" sobre o tamanho: "Para ser grande sê inteiro, nada teu exagera ou exclui..."
Estamos e somos sempre inconformados com o nosso tamanho e isso é certamente uma das explicações para a nossa superação, para querermos transcender o pouco que somos.
É assim que vivemos rodeados de sonhos, de pessoas a abarrotar de sonhos de serem mais ricas, mais reconhecidas, mais influentes, mais conhecedoras, mais viajadas...
Ah, o tamanho... comparado com o que quer que seja fica SEMPRE tão pequeno...
o meu apartamento
é grande demais
para mim.
domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Pôr-do-Sol
Há pores-do-Sol
de chumbo
que não prometem nada
que simplesmente selam
um fim indeterminado e viscoso.
E a surpresa
é só de quem não sabia
que quase todos os dias
acabam em pores-do-Sol
como estes.
de chumbo
que não prometem nada
que simplesmente selam
um fim indeterminado e viscoso.
E a surpresa
é só de quem não sabia
que quase todos os dias
acabam em pores-do-Sol
como estes.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
Do outro lado do Mundo
As crianças de 5 e 6 anos de uma escola de Lisboa, desenvolveram comigo e com a educadora - Patrícia Bandeira - um projecto de escrever poesia haiku. O resultado ficou muito interessante e agora temos o projecto de publicar um livrinho com estes haiku e com mais outros vindos de escolas da Nova Zelândia. Vai ser um livro com haiku dos antípodas e por isso lhe vamos chamar "Haiku do outro lado do mundo". Vamos ver se conseguimos publicar o livro ainda em Junho e, se tivermos candidatos, podemos distribuir alguns pelos nossos leitores. Aceitamos candidaturas...
o vento de Primavera
do outro lado do mundo
é de Outono.
o vento de Primavera
do outro lado do mundo
é de Outono.
domingo, 9 de maio de 2010
Que me espera?
Que me espera
quando regressar da guerra?
Os cantos das mesas arredondados,
O chão gasto e polido
Os assentos das cadeiras debotados...
Que me espera?
Só sei que lá estará o silêncio
Emboscado entre os sons da casa
Esperando uma aberta
Para me perguntar
Se valeram a pena
Os clarins e as feridas
As fardas e os medos.
E se eram esses
os ideais...
quando regressar da guerra?
Os cantos das mesas arredondados,
O chão gasto e polido
Os assentos das cadeiras debotados...
Que me espera?
Só sei que lá estará o silêncio
Emboscado entre os sons da casa
Esperando uma aberta
Para me perguntar
Se valeram a pena
Os clarins e as feridas
As fardas e os medos.
E se eram esses
os ideais...
domingo, 2 de maio de 2010
La realité...
(Clique na imagem para a tornar maior)
depasse la ficcion". Também se diz que "a vida imita os romances" e não, como se podia pensar o contrário...
Há tempos publiquei neste blog um haiku que era assim:
um pássaro
passou pela tua cabeça -
de longe sorriste.
A ideia era criar uma leitura dupla entre uma ideia feliz que nos assoma o espírito ( e que nos faz sorrir) e uma cena real que presenciei quando vi uma pessoa ao longe e o vôo de um pássaro parecendo que atravessava a cabeça.
Há pouco ao ver as fotografias que tirei em S. Petersburgo reparei que numa delas, um pássaro tinha passado pela minha cabeça. Eu sorria e ao fundo o Grande Rio Neva e Palácio de Inverno dos Czares da Rússia...
Aqui a realidade seguiu a ficção.
sábado, 1 de maio de 2010
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