Até os evangelhos são prudentes: quando o corpo de Jesus não é encontrado no túmulo,aventa-se a hipótese: "Será que o roubaram?". Trata-se de uma pergunta "de efeito" só para tornar mais forte a conclusão que o corpo de Jesus não foi roubado: ressuscitou. A ressureição de Jesus tornou possível, ainda que simbólicamente a grande esperança do cristianismo: a vida eterna e com ela a justiça sobre os nossos actos. Já S. Paulo escrevia: "Se Jesus não ressuscitou, é vã a nossa fé".
Claro que a ressureição dos mortos levanta problemas incompreensíveis para a nossa diminuta inteligência e, tal como a re-incarnação, coloca um sem número de questões sobre o possível modo com pode acontecer. Mas adiante...
Hoje, Domingo de Páscoa de 2011 quero celebrar duas coisas:
1. O facto de se celebrar a "ressureição" do Jesus que disse "Bem-aventurados os mansos de coração porque deles é o reino dos céus" ou ainda "Fazei aos outros o que gostariam que vos fizessem a vós". É uma grande esperança pensar que um Homem destes e sobretudo os seus valores, não morreram.
2. Quero ainda celebrar a vida. A nossa vida. Tão curta, tão incerta, tão desperdiçada, mas mesmo assim tão única e tão preciosa. É lógico que não nos conformemos com o seu fim: ela é tudo o que realmente conhecemos, ela é tudo o que podemos ter alguma evidência que existe.
A morte e a ressureição de Jesus tornou-se uma fantástica parábola sobre o nosso tempo e continua a ser uma das estreitas janelas por onde pode escapar a nossa esperança.
há mil anos
a oliveira ressuscita.
todos os anos.
domingo, 24 de abril de 2011
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