A forma de escrita de haiku é por vezes muito desconcertante para pessoas que não estão habituadas a ler este tipo de poesia.
Um colega meu ao folhear o meu último livro e vendo o quão pequenos eram os textos em cada uma das páginas, disse meio a brincar meio a sério: "Em tempo de crise já viste quanto papel está aqui desprediçado?"
É verdade... mas eu prefiro pensar em quanta tinta eu economizei...
terça-feira, 23 de junho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
8 comentários:
tanta tinta branca
num puro papel de linho _
passinhos de moscas
:))
É verdade, Educardo! Quantos passos indeléveis pousam no papel? E sem darmos por isso... Muito subtil o seu haiku.
Lucília: bom ver os teus parentesis que são como uma bandeira pequena mas tenaz de resistência.
Um abraço do
David
É verdade, Educardo! Quantos passos indeléveis pousam no papel? E sem darmos por isso... Muito subtil o seu haiku.
Lucília: bom ver os teus parentesis que são como uma bandeira pequena mas tenaz de resistência.
Um abraço do
David
Quanto pode ter a contar, uma folha em branco!
o meu sorriso -
bandeira pequena,
mas tenaz de resistência
assim fizémos um haiku
Abraço grande amigo
Lembrei-me que o símbolo do Tai Chi (conhecido como Yin e Yag), nasce do símbolo do Tao (um círculo com um ponto no centro) que, por sua vez, nasce do símbolo do vazio (um círculo sem nada dentro). Para os chineses, só o vazio é capaz de dar início a todas as coisas.
Para nós, pelo contrário, o vazio é um horror (esteja ele numa folha de papel ou no dia-a-dia),
Talvez por isso mesmo este assunto tenha levado a tantos comentários - vazio é que não!!!
Ou, pelo contrário, talvez tenha sido a economia de tinta que deu início a tantos pensamentos...
Quanto é sempre bem vinda a filosofia chinesa!
Enviar um comentário