Dos noticiários: em Portugal há uma oliveira com 2.860 anos em Santa Iria da Azóia. Contadinhos e certos. Esta árvore viveu durante toda a passagem da civilização ocidental. Em pequena, estava o império egipcio florescente, estavam os fenícios a preparar-se para construir o seu poder comercial no Mediterrâneo, estavam os etruscos, os aqueus e os cretenses em vias de começar algo que só floresceria muito mais tarde.
E se as folhas pequeninas desta árvore ainda tão imponente, olharem para o céu vêm que nele nada mudou. E se esta oliveira fosse um filósofo talvez nos dissesse que não só o céu não mudou: os homens também não mudaram muito. Hei-de ir abraçar esta oliveira com a emoção de quem abraça um ente querido que mesmo que não nos entenda sabe tudo sobre nós.
Ah o vento da noite...
a oliveira vira as folhas
como se fosse novo.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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5 comentários:
Daí o valor da documentação histórica. Parabéns a Portugal. Quero visita-la.
MAGNÍFICO! Também a quero ir abraçar! :) Abraços
"E se esta oliveira fosse um filósofo talvez nos dissesse que não só o céu não mudou..."
seremos nós dignos de abraçarmos tão vetusto ser?
S.Oliveira
Pois é:
Queremos tocar em algo maior que nós. Algo mais perene. Eu acho que somos dignos sim de a abraçar porque no simples acto de lhe tocar já está implícito a homenagem, o reconhecimento.
David Rodrigues
as oliveiras a
rua todas as atmosferas
sem fim
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Procurei um haiku que envolvesse oliveiras e encontrei vários, este parece-me que não é dos piores.
Bom fim de semana a todos.
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