segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Eduardo Lourenço

Já escrevi aqui neste blog uma reflexão sobre a justiça na avaliação dos méritos próprios. Na altura defendi que somos nós próprios os melhores avaliadores do que fazemos porque, em síntese, só nós conhecemos realmente e por dentro os motivos, as limitações, o conhecimento e as intenções como que cada um dos nossos actos é produzido.
Lendo há dias a interessantíssima entrevista que o JL publicou com Educardo Lourenço (28 de Dezembro de 2010) lá encontrei:"Não há ninguém para nos ler: nós somos leitores do nosso próprio mistério" Não poderia estar mais de acordo: nós somos lidos e leitores e isso dá-nos uma dupla dimensão que casa o humano com o natural: o que existe e o que é representado; enfim, o "meu eu" e o "meu outro".


antes de olhar para o céu
nunca tinha visto este azul -
pelo menos desde ontem.

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