É por agora que a terra se rende à Primavera.
Estava eriçada nos seus frios,
na radicalidade dos seus ventos,
o chão apertado pelas chuvas,
e o sol longo e impotente.
Mas está a acabar o cerco.
Inexoráveis e capciosas as raízes,
os brotos, as azedas,
as primeiras amendoeiras
e os primeiros ventos mornos
agitam em segredo a terra parada.
E ela rende-se alegre a este manso conquistador:
entreabre - e depois escancara - as suas portas
com uma secreta satisfação de ser conquistada.
Como imaginamos a conquista de uma Mulher.
Ou de um Homem.
Conquista (a fórceps)...
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