Quem é o melhor julgados dos nossos actos e do nosso mérito? "Os outros" dirão uns... Justificam que somos maus julgadores em causa própria e só a opinião dos outros pode dar mais objectividade. Contra este argumento temos os relatos da história de tantos criadores que foram ignorados e mesmo ridicularizados durante a sua vida e só mais tarde encontraram reconhecimento da sua obra. "Nós própios" responderão outras pessoas justificando que só nós sabemos em profundidade as motivações, as intenções que a criação tem. Contra este argumento temos aqueles criadores enfatuados para quem o julgamento benévolo que fazem de si é o único aceitável. Em que ficamos?
Acredito na educação. Quem tiver conhecido mundo suficiente, quem tiver descortinado a complexidade da sociedade, dos valores e das produções poderá, penso, ficar munido de um julgamente equilibrado sobre as suas próprias produções. E aí sim acredito que é o próprio o melhor julgador da sua produção. É ele que ao estar perfeitamente identificado com as emoções que levaram à obra pode melhor colocá-la numa escala de valor. Não a modéstia hipócrita nem a desbragada vanglória. Tão só a autenticidade e a honestidade do que se faz.
Levar-se a sério? Tem dias...
olá,
ResponderEliminarfaz tempo que não me cruzo consigo
e neste texto encontro, alguma forma amadurecida do olhar sobre a produção.
Assiste-se à velha questão: quando criamos pretendemos o quê? a catarse, o exibicionismo, que nos vejam, libertar, explorar coisas novas, simplesmente estar na própria pele, evoluír, desarmar...
se soubermos o que intrinsecamente nos move nesse acto...talvez...talvez...estejamos em pé de igualdade com o que nos move e com o que fazemos.
um abraço,
liliana