Bem-vindo ao HAIKUPORTUGAL! Este Blog pretende ser um lugar de encontro de pessoas que gostam e escrevem poesia Haiku. Deixe o seu comentário e/ou o(s) seu(s) haiku. Welcome to HAIKUPORTUGAL! The main aim of this blog is to be a "meeting point" of people that love and write Haiku poetry. Leave your comment (and a Haiku).
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
China
Duas semanas de interrupção no blog por causa de uma viagem à China. A ver se o "Império do Meio" continua a inspirar poesia. Em mim.
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
Outono
Noite de vento
amanhã as ruas
vão ter lixo novo.
Wind through the night
tomorrow the streets
will have new trash.
amanhã as ruas
vão ter lixo novo.
Wind through the night
tomorrow the streets
will have new trash.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Primo Vieira
Pela mão do poeta Casimiro de Brito, tive acesso ao livro “Borboletas Brancas - Haicais” de Primo Vieira livro editado em Goiás em 1967. Deixo convosco 3 poemas deste poeta elegante e simples:
Ponto de Interrogação
Um colo de cisne
na página azul do lago
interroga o dia...
Insónia
Na noite que dorme,
que grilo é esse acordado
dentro da consciência?
O mosteiro
O mosteiro dorme,
rosa noturna de pedra.
que perfume... a paz.
Ponto de Interrogação
Um colo de cisne
na página azul do lago
interroga o dia...
Insónia
Na noite que dorme,
que grilo é esse acordado
dentro da consciência?
O mosteiro
O mosteiro dorme,
rosa noturna de pedra.
que perfume... a paz.
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Eclipse
sombra na lua:
é difícil aceitar menos
que lua cheia.
a shadow on the moon:
It's difficult to acept less
than a full moon.
é difícil aceitar menos
que lua cheia.
a shadow on the moon:
It's difficult to acept less
than a full moon.
domingo, 17 de agosto de 2008
Haiku e Jogos Olímpicos
Mais alto. mais longe e mais forte. Os Jogos celebram o "mais". A retórica da participação é marginal...
Com o haiku não se procura o mais (nem mesmo o mais curto); procura-se o suficiente. Procura-se a expressão mais lídima do espírito humano, que tal como a Física, encontra a sua maior complexidade ao lado da maior simplicidade.
O que importa nos jogos é como cada pessoa e equipa resolvem os problemas que se lhes põem. E são normalmente as soluções simples que são bem sucedidas.
Dez anos
para correr dez segundos.
Foi sonho ou pesadelo?
Com o haiku não se procura o mais (nem mesmo o mais curto); procura-se o suficiente. Procura-se a expressão mais lídima do espírito humano, que tal como a Física, encontra a sua maior complexidade ao lado da maior simplicidade.
O que importa nos jogos é como cada pessoa e equipa resolvem os problemas que se lhes põem. E são normalmente as soluções simples que são bem sucedidas.
Dez anos
para correr dez segundos.
Foi sonho ou pesadelo?
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Brasil no Inverno
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
Italo Calvino e o Haiku
No princípio dos anos 90 do sec. passado o escritor italiano Italo Calvino publicou um livro de grande impacto. Chamava-se "Seis propostas para o próximo milénio". Nele, Calvino propunha seis características que, na literatura e na vida, haviam de cunhar as acções no século XXI. Eram elas:
leveza,
rapidez,
exatidão,
visibilidade,
multiplicidade e
consistência.
Já pensaram como é que estas propostas calçam como uma luva na poesia que nos junta, o haiku?
leveza,
rapidez,
exatidão,
visibilidade,
multiplicidade e
consistência.
Já pensaram como é que estas propostas calçam como uma luva na poesia que nos junta, o haiku?
Ainda os hairóticos
Como já disse aqui, a lista de discussão de haiku brasileira "haiku -l" tem estado a discutir e publicar haiku eróticos. Foi uma descoberta saber que todos os haidjin tinham na gaveta uns haiku "para maiores de 18 anos". A produção é enorme (e eu tenho contribuído) mas queria deixar aqui dois deles de um poeta de que só sei um nome: Pimentel. Vejam lá se eles não têm aquela brejeirice tão latina quando se aborda o erotismo...
Promíscuo xadrês.
O bispo come a rainha
nas barbas do rei !
Em teus olhos, o verde
em tua boca, o vermelho.
Paro ou continuo ?
Promíscuo xadrês.
O bispo come a rainha
nas barbas do rei !
Em teus olhos, o verde
em tua boca, o vermelho.
Paro ou continuo ?
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Ainda há para onde olhar?
Nos últimos dias andei a olhar para os olhares. E encontrei olhares incompreendidos de crianças, olhares tristes e angustiados de idosos, olhares artificiais, "plásticos" e impacientes dos adultos...
Nem os animais escapam: olhares de vidas sem um sentido que não seja carne para o prato ou de uma draconiana disciplina em troca da efémera sobrevivência.
E o olhar para a Natureza? Os bocados aprazíveis e nos fazem suspirar a alma estão tão confinados que parecem cenários.
Há (ainda) olhares e lugares para olhar? Claro que sim... mesmo os vazios e tristes têm uma mensagem mas... cada vez mais o sentido, a história, tem que ser criada por quem vê. Assim rompeu a arte no século XX com o belo e com a imitação.
Nem os animais escapam: olhares de vidas sem um sentido que não seja carne para o prato ou de uma draconiana disciplina em troca da efémera sobrevivência.
E o olhar para a Natureza? Os bocados aprazíveis e nos fazem suspirar a alma estão tão confinados que parecem cenários.
Há (ainda) olhares e lugares para olhar? Claro que sim... mesmo os vazios e tristes têm uma mensagem mas... cada vez mais o sentido, a história, tem que ser criada por quem vê. Assim rompeu a arte no século XX com o belo e com a imitação.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Açores III / Azores III
Do vento, na ilha,
só permanece o momento
em que ele parte.
From the wind, in the island,
only the moment of its departure
remains.
só permanece o momento
em que ele parte.
From the wind, in the island,
only the moment of its departure
remains.
Açores II
Alguém deixou este comentário em forma de haiku. Gosto da inevitabilidade com que o vento das ilhar pertence ao mar...
Vento sobre a terra
Sopra sempre do mar
nas ilhas
Vento sobre a terra
Sopra sempre do mar
nas ilhas
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Açores
Vento sobre o mar
empurra para sul as velas.
No cais, vou com elas.
Wind over the sea
pushes the sails to south.
On the shore, I go with them.
empurra para sul as velas.
No cais, vou com elas.
Wind over the sea
pushes the sails to south.
On the shore, I go with them.